Em meio ao enfrentamento à pandemia, as atividades do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) de Ipiranga do Sul foram readequadas para o atendimento às famílias. Vários projetos socioassistenciais utilizaram as redes digitais para o contato a distância, embora o centro permanecesse aberto para o atendimento às demandas da comunidade e atualizações de cadastro.
Recentemente a assistente social do município, Janaína Sabadini, apresentou um balanço das realizações de 2021 destacando que as famílias e os grupos continuaram sendo atendidos mesmo com a pandemia. As atividades foram realizadas a distância até a metade do ano com atendimentos remotos feitos por grupos de WhatsApp para o envio de materiais. A partir do segundo semestre, passado o agravamento da pandemia, começaram os atendimentos presenciais para alguns grupos, seguindo os protocolos sanitários, em parceria com as Secretarias de Saúde, Educação e com a Emater.
Para Janaína, o objetivo principal do trabalho foi alcançado, que era continuar mantendo o contato com os participantes e o fortalecimento dos vínculos. Para quem não tinha acesso à tecnologia a equipe se deslocou a domicílio, não deixando de prestar assistência. “Para esse ano a expectativa é que, a partir de março, possamos voltar com as atividades presenciais de todos os grupos, seguindo os protocolos em saúde. Tudo está sendo planejado pela equipe técnica e pelo governo municipal para receber a todos com muito carinho e com os cuidados necessários”, concluiu.
Parceria
Ainda, agradeceu pelas parcerias realizadas em rede junto com as demais Secretarias e o setor de transportes. Ela ressaltou o trabalho desempenhado em equipe pelos profissionais do Cras, com a psicóloga Daiane Chechi, a assistente social Cristiane Dalla Rosa, a funcionária Marilene Prado de Souza e a ex-coordenadora, professora Vanderlei Zen Pasqualotto, que atuou junto ao grupo dos PCDs, na parte pedagógica, até 2021.
Das ações desenvolvidas com os grupos:
Terceira Idade
Para o grupo da Terceira Idade, Viver e Amar, o trabalho aconteceu à distância, com as atividades encaminhadas às residências dos idosos, evitando os encontros presenciais. Foram criados grupos de WhatsApp, possibilitando a interação com as tecnologias, com o encaminhamento das atividades e vídeos. Além disso, por contato telefônico foram realizados os agendamentos para os atendimentos em fisioterapia no Centro de Especialidades em Saúde.
Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (Paif)
Com o Paif também foram criados grupos pelas redes sociais, por onde foram enviados vídeos, atividades e receitas que contaram com a parceria da Emater. Para quem não tinha acesso tecnológico a equipe fez o atendimento domiciliar. A partir da metade do ano reiniciaram as atividades presenciais, mantendo os protocolos sanitários, com a realização de oficinas de artesanato o que contou com a participação de todas as integrantes do grupo, sendo fornecido transporte municipal para quem reside no interior.
Grupo dos PCDs
Os participantes do grupo das Pessoas com Deficiência (PCDs), grupo “Mãos Amigas”, receberam visitas domiciliares onde se manteve o contato com as famílias e a entrega das atividades. No segundo semestre foram retomados os encontros presenciais com a realização de atividades lúdicas em parceria com o Circo Vitória, artesanato e com a vigilância epidemiológica do município. “Isso foi importante para realizar a socialização do grupo com as ações da comunidade, mesmo no enfrentamento à pandemia, e eles participaram, o que para nós é muito gratificante”, disse Janaína.
Oportunidades para integrantes do Cadastro Único
Em dezembro foi oferecido, em parceria com o Sindicato Rural de Getúlio Vargas e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), um curso de Inclusão Digital Rural para a compreensão dos conceitos básicos de informática para os integrantes do Cadastro Único, das famílias de baixa renda. O curso, nesta edição, teve vagas limitas a este público com duração de dois dias e teve o envolvimento de todos os participantes.
Atualização do Cadastro Único
Para as famílias de baixa renda é importante fazer a atualização dos dados do Cadastro Único. Esse serviço é oferecido pelo Cras e permite conhecer a realidade socioeconômica das famílias possibilitando, a partir disso, a inclusão nos benefícios e programas do governo federal. Como exemplo, o auxílio emergencial que ajudou várias famílias durante a pandemia.
O Cadastro Único é atualizado a cada dois anos, mas deve ser procurado antes do vencimento, a fim de manter atualizados os dados para poder garantir o recebimento dos benefícios assistenciais.
Redação e fotos: Fonte Agência de Jornalismo