O município de Ipiranga do Sul por meio da prefeitura municipal e da Emater/RS-Ascar está incentivando a instalação de irrigação nas propriedades rurais. Com o título de “Berço do Plantio Direto”, essas ações de apoio vão ao encontro dos anseios dos produtores, principalmente àqueles da agricultura familiar.
De acordo com o chefe do escritório da Emater de Ipiranga do Sul, engenheiro agrônomo Bruno Utermoehl, está sendo realizada uma experiência em uma unidade de referência técnica da Emater no município, em sistema de irrigação em milho, na propriedade de Valdecir Pedro Scolari em Linha Inhaqué. A implementação aconteceu neste ano, onde a Emater esteve acompanhando desde o início com o planejamento da irrigação, elaboração do projeto de instalação e projeto de crédito. “Estamos contribuindo agora no planejamento da lavoura de milho, na adubação e manejos culturais”, explica.
A iniciativa é complementar às chuvas. O sistema entra em operação cerca de uma vez por semana, quando não há ocorrência de chuvas no período. A captação de água é de um açude nas proximidades da área. A água é bombeada para a lavoura com energia elétrica bifásica.
O proprietário Valdecir Pedro Scolari explica que embora o sistema exige muito trabalho, no manejo dos aspersores, é visível a mudança no milho que está cada vez mais bonito. “Agradeço a secretaria de obras e a Emater pelo incentivo dado para a instalação e a realização deste projeto. Cada vez mais o incentivo é importante, principalmente para os pequenos produtores”, destaca.
Trabalho em parceria
As parcerias foram fundamentais para colocar o projeto em prática: a Emater fornece a orientação técnica; com a Prefeitura Municipal de Ipiranga do Sul para a liberação da licença ambiental e realização da abertura das valas para a colocação dos tubos; com a cooperativa Sicredi que possibilitou o financiamento; e, com o produtor que é o maior interessado e é quem realiza o trabalho de manejo dos aspersores ligando-os de forma escalonada irrigando toda a área em dois dias.
A área irrigada é de dois hectares e a expectativa é de colher 200 sacas por hectare, o que está acima da média de 160 sacas/ha verificada na última colheita. O sistema permite irrigar além do milho, outras culturas como a soja e o feijão. O investimento realizado será pago em sete anos e, em comparação com a safra anterior o desenvolvimento da planta já é percebido e o investimento deve gerar maior produtividade. O agricultor planeja ampliar a área irrigada nos próximos anos.
Redação e fotos: Fonte Agência de Jornalismo